Mãe, eu queria oferecer-te o melhor presente do mundo
Mas não o consegui encontrar…
Por isso, fechei os olhos e procurei no eu mais profundo
Com a esperança de encontrar algo especial para te compensar…
Percorri as montanhas douradas da memória
E roubei um pouco de tempo ao tempo que já vivi…
Misturei experiências e sentimentos na paleta da minha história
E pintei uma tela viva com o mundo mágico que descobri…
Em tons laranja pintei as vitórias e as derrotas que tenho para partilhar
E com diferentes azuis a energia dos sorrisos que me ajudaram a chegar aqui…
De vermelho o que me faz corar de felicidade
E de amarelo a luz viva de tudo o que contigo aprendi…
Pintei de castanho os carris que conduzem a minha liberdade
E de branco os sonhos que alimentam a minha esperança…
Com tons rosa e violeta esbocei a pureza dos contornos da minha vontade
E de verde-esmeralda esta minha insaciável sede de mudança…
Querida mãe, tu mereces muito mais do que esta pobre pintura de gente,
E sabes o quanto tenho procurado a vida inteira…
Perdoa a tua menina por ser assim, tão diferente,
Mas não consigo sentir-me eu de outra maneira...
(Obrigada!)
Com amor e carinho, do teu carneirinho rebelde.
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