sábado, 18 de dezembro de 2010

É Natal!

Bom dia noite, é Natal!
Acorda se ainda dormes,
sorri se ainda choras,
pois é Natal!
E eu escuto vozes trémulas que sussurram,
gritam-me baixinho "é Natal, é Natal, só falta mais um pouquinho"...
Mas no meio de tanta confusão ainda gostava de saber
qual será a causa ou a razão
para que um mundo parado tenha vontade de correr...
Tudo corre,
tudo sorri,
tudo canta pelas ruas...
Enquanto eu e talvez tu permanecemos por aqui.
Sabem,
encontrei a liberdade a chorar!
Ela corria, saltava, gritava.
Ela chamava, falava, suplicava.
Mas não valia a pena...
Ninguém ouve, ninguém sente,
toda a gente está aqui
e toda a gente está ausente!
E eu gostava de explicar
mas deixo a dúvida no ar...
Pois há um sentimento que não sente,
um ser estranho chamado gente...
Há algo de errado nesta ilusão,
neste sonho inacabado...
Igualdade já só por invenção
pois vivemos num planeta embalsamado.
Esta é uma verdade que o mundo finge desconhecer,
aquela que um dia preferiram esquecer.
E os direitos humanos,
inocente criança...
Mendigos de um simples olhar!
São caravela que navega sem rumo,
são o segredo de um tempo que demora a chegar...
Mas não chores, meu amigo,
não te escondas dos olhos de Portugal...
Abraça a esperança, teu abrigo,
limpa as lágrimas pois é Natal!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sou. Quero. Sinto.

Sou como sou.
Sou assim.
Sou alguém.
Não sei ser diferente!
Estou aqui.
Estou sim.
Mas estou aquém!
Quero isto e aquilo.
Quero para ti e para mim.
Quero este pouco que é muito e que não é de ninguém.
Penso no ontem, no hoje e no amanhã.
Penso no que tenho, no que posso ter e no que já perdi.
Penso ora com alegria e vontade ora com tristeza e desdém.
Sinto aqui e além.
Sinto sem fim.
Sinto eu, sinto aqui, sinto sim!
Sinto aquém e além, sinto como sou, sinto assim.
Sinto por mim e por ti, mais ninguém.